Kátia Borges II
Hoje, alguns insistem em chamar as mulheres que compõem Poesia de poetas. Elas mesmas parecem gostar disso. Eu prefiro chamá-las de poetisas. Gosto dessa distinção de gêneros e, embora eu seja refratário às religiões, sinto uma certa aproximação do termo com sacerdotisa, que nos remete ao sagrado, esse sentimento instintivo que nos ocupa, mas isso é um outro assunto e não é o motivo que me trouxe aqui hoje.
Bem, vim para homenagear uma amiga que é virtual, mas por quem tenho grande carinho (Ela sabe que o post de hoje é pra ela e isso basta, SEUS CURIOSOS! rs). E resolvi fazê-lo com um poema de uma poetisa que aprendi recentemente a admirar, porque ela tem o que de mais genuíno há na boa e autêntica arte: simplicidade, beleza e encantamento do leitor. Essa poetisa é Kátia Borges. Talentosíssima!
Pra mim, o amor é exatamente isso, que Kátia sintetizou no poema que lhes ofereço a seguir.
Abraços e amem sempre, porque só o ódio pode nos constranger.
Elcio Domingues.
Amor
Por todo o caminho, te levo comigo,
como quem carrega o próprio coração nas mãos, pulsando.
Como quem bebe um vinho precioso,
deixando que o líquido se espalhe e molhe o rosto.
Por todo o caminho, te levo comigo,
como quem arranca um punhado de mato e põe no bolso,
só para sentir a raiz entre os dedos.
Te levo comigo, sobre os ombros,
até o alto da mais alta das montanhas.
(Kátia Borges)
Bem, vim para homenagear uma amiga que é virtual, mas por quem tenho grande carinho (Ela sabe que o post de hoje é pra ela e isso basta, SEUS CURIOSOS! rs). E resolvi fazê-lo com um poema de uma poetisa que aprendi recentemente a admirar, porque ela tem o que de mais genuíno há na boa e autêntica arte: simplicidade, beleza e encantamento do leitor. Essa poetisa é Kátia Borges. Talentosíssima!
Pra mim, o amor é exatamente isso, que Kátia sintetizou no poema que lhes ofereço a seguir.
Abraços e amem sempre, porque só o ódio pode nos constranger.
Elcio Domingues.
Amor
Por todo o caminho, te levo comigo,
como quem carrega o próprio coração nas mãos, pulsando.
Como quem bebe um vinho precioso,
deixando que o líquido se espalhe e molhe o rosto.
Por todo o caminho, te levo comigo,
como quem arranca um punhado de mato e põe no bolso,
só para sentir a raiz entre os dedos.
Te levo comigo, sobre os ombros,
até o alto da mais alta das montanhas.
(Kátia Borges)
10 Comments:
xiiiiiiii, já há algum tempo que aqui não vinha! mas aqui estou e
Gostei..parabéns à Poetisa :)
beijos no coração Elcio Domingues
Elcio,
A Kátia Borges tem, realmente, o domínio do verbo!
Abraços, flores, estrelas...
.
Caríssimo, devo confessar-lhe que à parte de minha vaidade que ficou "mexida", também fiquei um tantinho constrangida, pois, lendo a dois livros fortes (um sobre o Bukowski e outro romance do médico francês Céline), as doces palavras de Kátia Borges, me soaram ainda mais delicadas e belas. Fiquei lisonjeada enfim. Grata por existirem pessoas como você, que mesmo sendo um amigo virtual, conseguem tocar de forma real nossos corações. Adorei... >__<
Suspirando aqui e parabenizando a doce poetisa, por palavras que aquecem...
Em tempos de desamor humano renova a esperança e crença de que sim o "especial" ainda existe...
Beijo e obrigado por nos apresentar a Kátia
Comentários respondidos e blog atualizado...
Tenha um ótimo fim de semana...
bjo
Ps.: e nem precisou do Padre "Quemedo"
É assim mesmo quando amamos...
a pessoa se torna parte de nós!
saudades de vc, querido!
beijo e venha me ler!
Oi, Elcio!
Se a poetisa consegue carregar seu amor pra todos os lados - é o verdadeiro amor. Lindo o poema. parabéns pela escolha.
Beijos
Oi, Elcio, faltam palavras... Obrigada!
Kátia Borges
Quanto mais vivemos,mais percebemos que é real a parceria entre amor e ódio e que estamos a meio fio de um e do outro,sendo quase uma utopia separá-los; Feliz daquele que consegue contar com o amor na maior parte de sua vida e mil vezes melhor ainda, quem tem amores que possa levar "sobre os ombros,até o alto da mais alta das montanhas".
Linda poesia!
Ei, Elcio! concordo contigo:
poetisa
que tem algo de sacerdotisa
e que em nada minimiza
naquilo em que nos realiza
mesmo aquela que apela ou satiriza
nem sempre nos martiriza
pelo fato de que sempre exorciza
qualquer coisa que nos inferioriza
com algo que nos hipnotiza:
o dom da palavra que tudo matiza
seja pela dor ou pelo amor que analisa
salve, salve, poetisa!!
Parabéns pela publicação, vc e tua amiga. Gostei muito da poesia.
Abraço
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